domingo, 23 de outubro de 2016

Subindo o rio Perequê-Açu - PARTE I

                  


     O objetivo inicial era, literalmente, dar apenas uma volta. Subir parte do Perequê-Açu e retornar à praia do Jabaquara por uma ligação fluvial que surge à direita de quem sobe o rio, logo após a passagem da primeira ponte.  Apesar da simplicidade de nossa meta, não tardo a dizer: deu tudo errado! Pelo menos nessa primeira investida.     
        Pus o caiaque na água e já cometi o primeiro erro: não tive paciência de pôr o motor (teria que misturar a gasolina, abastecer e etc), achei que perderíamos muito tempo. Ficou estabelecido que iríamos no remo mesmo e assim saímos, partindo da praia do Jabaquara.  A entrada da barra ficava por volta de 1,5 Km depois. Mas com o nosso condicionamento físico, típico quem vive em cativeiro (lugar também conhecido como escritório), chegamos na barra já um pouco cansados e assim que adentramos o rio o arrependimento de estar sem motor aumentou em grande proporção...o Perequê-Açu estava caudaloso, com uma senhora correnteza contrária devido à uma forte chuva que caíra na noite anterior.
     Parecia que a cada remada voltávamos duas......finalmente chegamos na entrada do acesso que faz a volta para o Jabaquara. Mas aí outra surpresa: a maré já havia baixado muito além do esperado. Entramos e encalhamos.....impossível prosseguir. 
     Voltamos arrastando o caiaque de volta para o rio e talvez na esperança de salvar o dia, tentamos ainda subir o curso d'água mais um pouquinho, porém rápido outro problema aflorou. O sol do meio dia e a falta de alimentação fez com que um verdadeiro motim se instalasse a bordo! Assim, o piloto (eu!) teve que amarrar o caiaque em uma árvore, escalar o muro de pedras e sair à cata de víveres....com decepção concluí que não tinha nada que "prestasse" ou alimentasse por ali. O que "salvou" foram 4 picolés que consegui arrumar...rs.

     Com os ânimos temporariamente acalmados, porém com certo mal-humor, voltamos ao acampamento.  

     
     No dia seguinte voltaríamos ao rio, mas será que valeu a pena?  Saiba lendo a Parte II deste relato.

   


Barra do Pereque-Açu.







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